23 de maio de 2025

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Histórias que atravessam o tempo
Em 1994

Hoje se despede o poeta das coisas simples: Mário Quintana morre aos 87 anos em Porto Alegre

Porto Alegre, 5 de maio de 1994. O Brasil perde hoje um de seus maiores poetas: Mário Quintana faleceu aos 87 anos, vítima de complicações decorrentes de uma pneumonia e falência múltipla de órgãos, no Hospital Moinhos de Vento. Reconhecido por sua linguagem simples, lirismo delicado e ironia sutil, Quintana deixa um legado fundamental para a literatura nacional.

Autor de obras marcantes como A Rua dos Cataventos, Sapato Florido e Caderno H, Quintana também atuou como tradutor e jornalista, tendo traduzido mais de 130 obras da literatura mundial, entre elas Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, e Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf. Sua poesia, marcada pela reflexão sobre o tempo, o amor e a existência, conquistou leitores de todas as idades e influenciou gerações de escritores.

Vencedor de prêmios como o Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, e o Jabuti, Quintana nunca ocupou uma cadeira na ABL, mas tornou-se imortalizado por sua obra e por sua trajetória de vida simples e dedicada às letras. Sua morte, ocorrida no mesmo dia em que o país se despedia de Ayrton Senna, marca o fim de uma era para a poesia brasileira.

 

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